
A gigante inglesa solicitou ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI) que anule o registro concedido em fevereiro deste ano a João Andante.
Em sua defesa, os fabricantes da João Andante dizem que, apesar do nome e do logo, um andarilho maltrapilho, toda a conceituação da marca da cachaça teve inspiração diferente. Na comparação dos logos, dizem os empresários, enquanto Johnnie Walker veste fraque, cartola e carrega uma bengala, João Andante usa chapéu, bota sete léguas e leva sobre o ombro um galho com uma trouxa de roupas amarrada na ponta. Na postura, Johnnie é altivo. João anda curvado, de capim na boca. Para eles, os dois personagens tampouco frequentam os mesmos ambientes.
A Diageo, porém, entende a coisa de outra forma. A petição de nulidade do registro da marca faz referência a sites nos quais o personagem João Andante é descrito como “um primo do interior de Johnnie Walker, que imigrou para o Brasil durante a I Guerra” e, ao invés de uísque, resolveu fabricar cachaça. E que a pinga mineira espera roubar clientes do uísque, ficando a sua sombra.
Até agora, porém, ao invés de conseguir o que queria, o que a Diageo fez foi jogar lenha na fogueira ao promover a João Andante indiretamente.
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