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terça-feira, 5 de abril de 2011

Mais de 24 mil produtores pedem a votação do Código Florestal

A atualização do Código Florestal brasileiro que tramita na Câmara dos Deputados vai trazer paz ao campo e legalidade para a produção agropecuária nacional, afirmou ontem (05/04/11) a presidente daConfederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), senadora Kátia Abreu, que liderou a mobilização que trouxe mais de 24 mil produtores rurais a Brasília (DF). Vindos de todos os Estados brasileiros, os produtores rurais pediram de forma pacífica ao Congresso Nacional que a legislação ambiental seja atualizada rapidamente como forma de garantir a consolidação de áreas de produção, sem desrespeito ao meio ambiente.
O mesmo recado foi transmitido pela presidente da CNA ao deputado Marco Maia (PT-RS), presidente da Câmara dos Deputados, durante audiência com um grupo de lideranças da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA) e lideranças rurais que participavam da mobilização. Ao presidente da Câmara, a senadora Kátia Abreu lembrou que há, em todo o País, 850 milhões de hectares. Desse total, 320 milhões de hectares estão nas mãos dos produtores rurais, sendo que 100 milhões de hectares são reserva legal. "Só sobram 220 milhões para produzir toda a comida que abastece o mercado interno e garantir as exportações", disse. "Nosso pedido é para legalizar essas áreas", completou.
Depois de uma missa campal celebrada pelo Padre Cássio Santos, da paróquia Santa Cruz e Santa Edwiges, localizada na capital federal, a presidente da CNA lembrou que, ao defender a modernização do Código, os produtores rurais não querem desmatar mais áreas, como apontam erroneamente os críticos à proposta de revisão da lei ambiental. Afirmou que as atuais áreas de produção são suficientes para aumentar a produção de grãos em três vezes e a produção de pecuária em quatro vezes. "Nós queremos apenas legalizar esse patrimônio que não é dos produtores rurais, é do Brasil. É um terço do PIB, um terço das exportações e um terço dos empregos", afirmou.
Sem a modernização da legislação ambiental, o desempenho do setor agropecuário estará comprometido. "A produção está encostada na parede", afirmou. A redução da produção é um risco num momento em que a demanda mundial por alimentos é crescente, tema que foi tratado pela senadora Kátia Abreu durante a leitura do credo, naOração da Assembléia. "Nós não temos condições morais e éticas de diminuir a área plantada com alimentos. Mas também não podemos mais desmatar nossas florestas, estamos de acordo com isso", afirmou. 
Parlamentares também manifestaram apoio à mobilização liderada pela CNA pela atualização do Código Florestal, que hoje, 45 anos depois da publicação da primeira versão, não reflete a realidade atual do setor agropecuário.
Durante o almoço, ficou evidente a importância do setor agropecuário para o País. Para preparar o arroz carreteiro servido aos mais de 24 mil produtores, na Esplanada dos Ministérios, foram necessários 1.300 quilos de arroz e 2.300 quilos de charque de carne bovina, principais ingredientes do tradicional prato da região Sul do País. O charque veio de Santa Maria (RS) e o arroz é plantado em áreas de várzeas no Estado. Caso a atualização do Código Florestal não aconteça, deixarão de ser produzidos sete milhões de toneladas de arroz no Rio Grande do Sul.
O problema não está restrito ao Rio Grande do Sul. Se o Código Florestal não for atualizado, 90% dos produtores rurais do País estarão na ilegalidade a partir de junho de 2011, quando entram em vigor as regras do Decreto 7.029/2009, que condiciona o acesso ao Sistema Nacional de Crédito Rural aos produtores à averbação da reserva legal ou à adesão ao Programa Mais Ambiente, cujas regras ainda não foram definidas. 
A importância da votação da proposta que atualiza o Código Florestal foi manifestada durante o abraço simbólico dos produtores rurais ao Congresso Nacional. "Este abraço simboliza a união e a vontade de cada um de nós de que o Código Florestal seja votado o quanto antes", afirmou Euclides José Dresh, produtor de soja, milho, trigo e aveia, do município de Toledo, no Paraná.

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