O documento que será submetido a consulta pública reconhece que os salários dos professores não são atrativos no Brasil.
Mas destaca que uma seleção de melhor qualidade ajudará a melhorar o nível do ensino, além de reduzir custos para as prefeituras, que hoje bancam seus próprios concursos.
O texto foi preparado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), órgão do ministério responsável por estatísticas e avaliações.
A proposta leva em conta a experiência de países com melhores indicadores educacionais. Na primeira parte, define o perfil do bom professor. São 20 itens observados entre os profissionais de Austrália, Canadá, Cingapura, Chile, Cuba, Estados Unidos e Inglaterra.
A receita vai desde pontos óbvios, como dominar os conteúdos curriculares, até outros muitas vezes esquecidos, como manifestar alta expectativa em relação às possibilidades de aprendizagem dos estudantes e manter comunicação efetiva com os pais dos alunos, estimulando seu compromisso com a vida escolar dos filhos.
Outro item é o bom aproveitamento de todo o tempo disponível para o ensino.
Em relação aos conteúdos que devem ser dominados pelos futuros professores, a proposta do MEC prevê questões sobre temas gerais, como políticas educacionais e a legislação do setor, e específicos, como leitura e compreensão de textos, língua portuguesa, matemática, ciências sociais e naturais.
Uma das preocupações do ministério é garantir que os futuros docentes saibam identificar dificuldades de aprendizagem e o que leva um aluno a não entender uma lição. Nesse caso, o texto deixa claro que o professor deve dispor de métodos variados de ensino.
(Notícia publicada hoje em O Globo)
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